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Edgard de Souza

09 Set - 09 Out 2010


Apresentou na galeria trabalhos que exploram a corporeidade, como é constante em sua obra. Nesta exposição, porém, as formas não remetem diretamente ao corpo humano, mas ao mobiliário, que, por sua vez, ganha um movimento animal e disfuncional. As mesas são elegantes quadrúpedes anímicos que por vezes copulam na galeria. A exposição apresenta também a série “Manchas falsas”: trabalhos bidimensionais que inventam padronagens artificiais em pele de vaca. Móveis e superfícies criam um mundo de erotismo meio animal, meio design.

Esse imaginário que passa pela pele e pelo corpo, cheio de erotismo, tem outro ponto seminal no design. As esculturas do artista podem remeter tanto a troncos e flancos como a objetos e móveis. As duas séries apresentadas nessa exposição realizam esse encontro de modo sedutor e intrigante. Na série das mesas, o mobiliário torna-se, literalmente, móvel; em “Manchas falsas”, o nu de outras obras torna-se, literalmente, epiderme, ou melhor, pelagem, com manchas acentuadamente gráficas.


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