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Sérgio Sister

20 Jun - 13 Jul 2013


Sérgio Sister diz “corpo de cor” e não, conforme o jargão pictórico, campo de cor. Essa comparação ultrapassa a mera metáfora. O peso – atributo dos corpos – de uma cor é menos uma substância do que, por um lado, a sua diferença em relação às outras cores, e, de outro, resultado da luz que ela absorve e reflete. Assim como, em trabalhos anteriores, Sister produzia, no interior de uma mesma cor, variações construídas pela direção da pincelada, criando diferenças na suposta homogenidade, agora ele busca entre uma cor e outra, intervalos que parecem deter o olhar em suspensão, adiando o momento de integrá-las numa harmonia, que nunca será simétrica como a do acorde maior. Esse jogo entre identidade e diferença, que afirma a dimensão relacional e o tempo, leva-o a buscar, entre uma cor e outra, intervalos particulares, contrastes delicados, que nos fazem pensar o que elas estão fazendo lado a lado mais do que simplesmente juntá-las na percepção. Sister torna visíveis ao mesmo tempo as cores e os seus intervalos.





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