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Uma só ideia impregna a imensidão

16 Ago - 16 Nov 2012

Flávia Metzler


O trânsito que circula em “Uma só ideia impregna a imensidão” (aforismo do poeta e pintor de visões William Blake), é entre a pintura e elementos decorativos da arquitetura palaciana barroca (a inspiração vem do palácio Amalienburg, locação do filme “O ano passado em Marienbad”), mas, em sentido mais amplo, o trânsito é entre a pintura, seu suporte e a arquitetura; e, de outro lado, entre a imagem e o discurso que cifra uma  história (uma das histórias é a da arte).


A fronteira da pintura é também o objeto: a esfera (quase do tamanho de uma bola de boliche) representa o globo ocular tridimensional, e o título alude (com humor negro), a um outro olho onipresente: “Espião”. Sugestionado pelo clima intimista fantástico dessa ARQUIPINTETURA, é o espectador que narra, na medida em que liga as diferentes partes com o olhar. Como o globo ocular, o trabalho é essa porta-giratória em que o mundo gira para dentro e o corpo e a mente para fora.





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