07 Mai - 05 Jun 2009
Paulo Vivacqua
A criação de esculturas e instalações que justapõem um encadeamento de sons e ritmos, recorrendo a uma mistura de materiais ordinários e sofisticados, do qual possui estruturas sonoras, que a partir de sons extraídos da natureza, de objetos banais ou de materiais de diferentes naipes e especificidades.
As obras são uma parafernália de materiais industriais como placas de vidro, de acrílico, fios elétricos, microfones, alto-falantes, televisores e gravadores, o intuito em alguns de seus trabalhos é criar uma estrutura sonora, apreendendo, transformando e modelando o ar que penetra nos objetos. A maneira como o ar se instala nos alto-falantes estabelece uma geografia secreta e a emissão de sons de diferentes timbres, alturas e intensidades.
As infindáveis redes de fios serpeando no espaço evocam, por si só, desenhos e frases. Com os alto-falantes e microfones cria partituras, escrituras musicais e ideogramas rítmicos. As fontes sonoras por ele utilizadas podem estar inteiramente expostas, enterradas na areia, ou posicionadas em diferentes locais no interior de uma câmara escura. A alternância abrupta ou inusitada do timbre sonoro e da estrutura rítmica tem o propósito de desarranjar a previsibilidade da narrativa.
É nesse trânsito/vivência espectador/obra que ambos se transformam, modificam seu comportamento perceptivo e se re-significam, ativando a imaginação, a percepção e o pensamento para encurtar a distância da relação arte/vida.
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