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Volta

05 Mai - 11 Jun 2011

Carlos Bevilacqua


Nas esculturas apresentadas em “VOLTA”, as partes estabelecem entre si uma relação necessária, essencial e, se poderia dizer, natural. Elas só fazem o que os materiais – madeira, ferro e pedra – permitem. Há nelas um modo de operar concreto, construtivo. E a força das partes se anula para construir a leveza da forma, como nas esferas de diferentes dimensões que se entrecruzam suspensas por linhas de “Inclinação Horizontal”.


A mostra foi composta de seis esculturas. A linha e a esfera ou seus segmentos são recorrentes. Mas o que volta nas obras nunca é igual. Além de recorrências formais cada peça individualmente parece nos mandar de volta a atenção que lhe enviamos como numa parábola. Em sua forma abstrata e interrelações geométricas, o todo cria símbolos tridimensionais cujo sentido se aproxima do nada. O próprio título “VOLTA” devolve ao leitor, como sentido, o movimento que a palavra lhe dirige enquanto signo. Mas o que volta também pode ser o que há em comum, semelhanças. As esculturas investigam, de modo poético, o que nos faz humanos: a dimensão espiritual e o processo de abstração pelo qual criamos linguagem, relacionando o particular em idéias gerais. Uma idéia geral é sempre uma potencialidade. O seu modo de ser é in futuro. O artista põe a matéria a serviço do imaterial, mas não faz isso negando-a, e sim considerando-a como uma realidade concreta.

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